sábado, 25 de setembro de 2010

Estadão tucano (?)

Estadão dá um chapéu no estigma "Mídia Golpista"

Amanhã o Estadão vai assumir seu posicionamento político depois de ter declarado com todas as letras não desejar que a Dilma vença as eleições em editorial publicado hoje. Honestidade maior em um jornal não existe. O leitor tem o direito de saber o que ele está comprando e quais os possíveis viéses uma notícia pode vir a ter. Não preciso me alongar para provar que objetividade não existe. Ela deve ser um alvo, mas jamais será completamente alcançada.

A posição do Estadão é a mesma de alguns grandes jornais mundo afora e veio num momento estratégico. Quando Lula chama a mídia de golpista alegando que ela engana o seu leitor ao vender informação escondendo um viés partidário, o Estadão bate no peito: "Sou sim! Sou tucano!". Ok. Lula abaixa a cabeça e sai de fininho. Até porque, qual o problema do Estadão ser tucano? Ele é uma empresa privada, adere à candidatura que bem entender. Compra quem quer, lê quem aguentar.

Outro ponto interessante foi fazerem isso a uma semana das eleições. Mais uma possível indicação de que o editorial de hoje (e o que porventura virá amanhã) é apenas uma resposta às acusações petistas. Além disso, a proximidade com a data pode ser uma forma de tentar não intervir no pleito. (risos)

Porém, não podemos esquecer também da constante queda de Serra nas pesquisas e da agonia que atinge o candidato, fator considerável para um editorial destes. Não acredito que o fato do Estadão assumir apoio a uma candidatura interfira no resultado final das eleições. Tudo continua como antes: Três pra cá (xingando a mídia tucana) e três pra lá (louvando Dora Kramer).

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"Posso não concordar com uma palavra sua, mas lutarei até à morte para que tenha o direito de dizê-las" - Voltaire.