Meunicômio

A Hora e a vez do BRIC

Começa hoje a reunião do G20 que buscará alternativas para a atual crise econômica, juntamente com outros temas de debate, em meio a muita discordância. Os emergentes querem mais espaço, os mais ricos querem soluções. Uma coisa é fato, quem está em vias de conseguir levar a economia são os países emergentes.

Esta é a hora e a vez destes países que, de acordo com os economistas, vão sofrer menos com a crise. A China vem sido cotada como a próxima potência mundial que chegará ao lado dos EUA que era tido até então como a máxima potência mundial. Os países mais ricos estão dependentes das economia emergentes que, mesmo com a crise, continuam a manter índices de consumo em crescimento. Jim O'Neill, criador da sigla BRIC, afirmou em entrevista à BBC no último 27 de março que Brasil, Rússia, Índia e China podem chegar à liderança da economia mundial ainda em 2020 devido a crise. Isto acondetece porque eles conseguiram atingir uma economia mais autônoma em realação aos países do primeiro mundo e têm mantido seu crescimento (ainda que em níveis mais baixos) em detrimento da recessão dos demais.

Jim O'Neill, porém, não deixa de enfatizar que para isso são necessárias medidas econômicas efetivas que proporcionem um crescimento e não permita que tais países entrem na dança da crise. Deixa Claro que a China é a mais cotada para ser a nova potência mundial e que seu regime de partido único não interfere no seu desenvolvimento econômico.

Já a revista New Stateman deixa claro que "Ninguém regula o mundo" numa clara alusão de que não há, no momento, quem exerça a supremacia econômica. Alega que, embora a China seja a mais cotada para substituir os EUA, ela ainda não estaria preparada para isso não tendo uma economia suficientemente sólida. Em outras palavras: Há vagas para o cargo de supremacia mundial.

A questão é: O Brasil tratando da crise como "marolinha" vai conseguir chegar em 2020 como potência? Será que vamos perder mais essa oportunidade? Está na hora do Brasil rever seus conceitos sobre a crise. Está chovendo canivete e é bom a gente não subestimar nosso guarda-chuvinha.