Da briga entre Colômbia e Venezuela, lucrou a política pragmática
A crise de 2009 mostra como, quase sempre, os problemas convém
Manuel Santos assumiu a Presidência da Colômbia. Festa. Logo em seguida retomou as relações bilaterais com Hugo Chávez como num passe de mágica. E se não bastasse todas as notícias encantadas relacionados ao fato nos últimos dias, o Judiciário colombiano considerou as bases norte-americanas, autorizadas durante o governo de Álvaro Uribe, Inconstitucionais.
A decisão do judiciário seria algo normal, não fossem as críticas que Chávez fez na época em que a renovação das bases foi anunciada. Chavéz chegou a comprar armamento russo, usando como o pretexto a sua defesa contra a ameaça yankee. Além dele, um time inteiro na América Latina reclamou da decisão de Uribe. Até o Presidente Lula acabou telefonando pra Casa Branca cobrando explicações de Obama (risos).
Agora, após todo esse circo, é muita coincidência que a declaração de inconstitucionalidade das bases americanas coincida com o namoro Colômbia-Venezuela. Além disso, a indiferença norte-americana, tão intransigente na época, é mais estranha ainda. A mudança na relação entre os dois países parece inexplicável ou extremamente artificial. Cheira a marketing político, tramóia.
Da briga entre Colômbia e Venezuela, lucrou a política pragmática. As FARC continuam as mesmas, os EUA estão se cagando e chupando petróleo republico-bolivariano. Ainda há dúvidas de que, na maioria das vezes, os problemas convém? Venezuela tem armamento novo, “justificado” diante da ONU, Colômbia um parceiro nas suas fronteiras tomadas pelas FARCS e o EUA seu brinquedo predileto, o Petróleo. Fim da novela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Posso não concordar com uma palavra sua, mas lutarei até à morte para que tenha o direito de dizê-las" - Voltaire.