sábado, 14 de setembro de 2013

Pele

Pele é ago que me atrai. Não de uma forma mesquinha. Não acredito em situação social ou superioridade a partir de uma cor de pele. Falo de desejo. Carnal. De beleza. 

E não falo da coisa escravista de um objeto de possível coito utilitarista machista. O negro me atrai claramente, acho lindo. Mas não falo disso. Falo da pele, da cor, da multiplicidade em suas mais diversas possibilidades e infinitudes de existências do que nasce de sua mistura.

Falo daquele moreno mais para indígena que para negro, mas que não é nem índio, nem branco, nem negro. Falo daquela mulher negra que não é simplesmente negra, ela representa algo singular. Traços, cores, trejeitos.. ela é única. Ela é Ela. Ele é Ele. Elx é Elx.

Isso me atrai mais que qualquer coisa em qualquer ser humano. Percebo-me cada vez mais atraído por essa coisa da pele, da textura, do cheiro, do gosto. Tanta gente, tantas possibilidades, poucas oportunidades mas cada uma singular e divinamente especial e espetacularmente única.

Sinto me cada vez mais atraído por essas possibilidades e potencialidades. Por essa diversidade de formas. Eu sinto cada vez mais o amar. Quero cada vez mais o que me acrescenta uma energia que desconheço. Sinto cada vez mais o que me faz bem.

Não de uma escala de seres, mas de uma multiplicidade de seres muitas vezes todos em um só, muitas vezes um só em busca de todos. Mas todos um. Todos únicos. Todos quero sentir intensamente sem me preocupar com forma, cor, cheiro, gosto ou desejo. Eu apenas os anseio , uns por uma vida, outros por um devaneio.

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"Posso não concordar com uma palavra sua, mas lutarei até à morte para que tenha o direito de dizê-las" - Voltaire.