Esquerda se une para apoiar Dilma
As últimas pesquisas mostram Dilma retomando seu crescimento nas intenções de votos. Após ameaças reais de José Serra conseguir uma virada (algo inédito em um segundo turno presidencial), parece que a esquerda reagiu fortemente. Uniu-se contra um inimigo comum e lançou apoios polêmicos ao PT, entre eles Marilena Chauí e Chico Buarque.
A filosofia adotada é a de que, se é ruim com Lula/Dilma, pior seria com Serra. Sim, a esquerda aprendeu a fazer politicagem e está dando um baile na direita. Usa de todo o seu poder de militância para conservar espaço, nem que seja mínimo, no poder. Apesar das semelhanças entre os dois candidatos, fica claro a forma como o governo petista enxerga e dialoga com os movimentos sociais, diplomacia, entre outros pontos.
Lula foi inteligente o suficiente para não dispensá-los quando chegou ao poder e hoje lucra com isso. Foi assim que obteve força para se manter no poder diante dos escândalos do mensalão. Uma esquerda que antes estava dispersa em diversos setores hoje se une na figura de um governo que teve a capacidade de dialogar com cada movimento. Não atendeu quase nada do que reivindicavam, mas teve a sacada de ouvi-los, coisa que nenhum outro presidente havia feito desde a redemocratização.
Se o PSDB fosse esperto, teria ampliado sua base de apoio também. Mas trata-se de maneiras distintas de encarar a política. Uma mais humana, mais política. Outra mais pragmática, técnica e econômica. Uma dá bases para um futuro apoio, outra te deixa na mão quando você mais precisa.
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"Posso não concordar com uma palavra sua, mas lutarei até à morte para que tenha o direito de dizê-las" - Voltaire.